Nesta manhã de 20/março, no 16º Encontro Nacional em Pesquisa Clínica, o vereador Paulo Frange discorreu, em palestra, sobre as perspectivas do mercado de pesquisa clínica no Brasil, abordando diversos tópicos do assunto, como:
- O Brasil tem quer ser protagonista em pesquisas e não somente na fase 3.
- Explicou que os maiores investimentos em pesquisas vêm da indústria e em segundo lugar a universidade.
- Não há vontade política de mudar o quadro da pesquisa clínica no Brasil, já que o CONEP- órgão nacional demora pelo menos três vezes mais tempo para liberar pesquisa clínica, que em países de primeiro mundo.
- Entretanto, disse que o mercado de pesquisa clínica é, sim, promissor, mas a "sofrência" é grande, brincou.
- É preciso que os CEP's (Comitês) e o Conep fossem compatíveis, o que não ocorre hoje, mas que precisaria ter consonância.
- Disse que devem ser feitas críticas não agressivas para sensibilizar quem tem poder de mando nesta questão.
- É preciso pensar em pesquisa e não apenas limitada à indústria farmacêutica, afirmou.
- Alertou que há caminhos para o pesquisador, como a pesquisa de alimentos, um dos mercados mais promissores e, paralelo a isso, a pesquisa em cosméticos.
- Fez críticas ao programa do governo federal, o Ciência sem Fronteiras, são 100 mil bolsas no exterior e hoje há mais críticas que elogios a esse peoframa, pois faltam indicadores, para selecionar, e para avaliar depois do retorno dos bolsistas.
- Falou sobre a formação de médicos no Brasil, muitos formados em universidades públicas e que, depois de formados, vão para o mercado de saúde privada e não dão nem tchau, não tem nenhuma obrigação legal com a saúde pública.
- Reafirmou a idéia da necessidade de se ter qualificação para quem quer fazer pesquisa clínica. O pesquisador é uma figura importante e merece estar no podium onde deveria estar, e não com a desesperança que se vê, mas disse que há que se ter esperança, sempre e buscar melhorar e se qualificar.
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