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UBS Vila Ipojuca: nava sede a caminho

Por Paulo Frange*

Neste momento, a maior prioridade que tenho na atenção básica da saúde, na região oeste da capital, é trabalhar para a implantação da Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Ipojuca, em área pública na Rua Sepetiba nº 660. É um sonho de décadas!

 

Com os membros da sociedade organizada e a participação ativa dos conselheiros da área, e a política da Secretária de Saúde da cidade de São Paulo alinhada à vontade do Prefeito Ricardo Nunes, acredito que será possível sua concretização.

 

Tenho acompanhado as tratativas junto ao Prefeito, no sentido de atender essa reivindicação. Após os estudos técnicos que foram realizados no terreno e a concordância da comunidade e dos conselheiros, aguardo por uma reunião com o chefe do poder executivo municipal para decidir por essa que é a melhor notícia para a região. A UBS Vila Ipojuca será quatro vezes maior que a atual da Rua Catão, instalada em prédio alugado. Aguardem!

 

* Paulo Frange, médico cardiologista e vereador de São Paulo

Segurança alimentar: Carne brasileira é confiável

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou, no sábado (04/09), dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EBB), mais conhecida como "mal da vaca louca”, em frigoríficos de Nova Canaã (MT) e Belo Horizonte (MG). A confirmação foi feita por um laboratório referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá. Os casos foram detectados durante inspeção realizada antes do abate dos animais.

Os registros representam o quarto e o quinto caso de EBB atípicos em mais de 23 anos de vigilância sanitária para a doença. De acordo com a SDA, o Brasil nunca registrou ocorrência da forma clássica da doença. Os casos de atípicos do “mal da vaca louca” representam menor risco para o rebanho, já que são espontâneos e esporádicos, uma vez que partem do organismo de um animal, geralmente, com idade avançada. Já a forma clássica, se manifesta após a ingestão de alimentos contaminados, como proteína animal, afetando o rebanho mais jovem.

O Brasil notificou oficialmente a OIE sobre a ocorrência. Em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o Brasil e a China, as exportações de carne bovina ficarão suspensas temporariamente. A medida passou a valer a partir do sábado (04/09) e ficará em vigor até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações repassadas sobre os casos.

Vale lembrar que a carne brasileira é confiável e está presente nas mesas de famílias em 163 países no mundo. Os protocolos sanitários são rigorosos e necessários para a segurança de todos!

PAULO FRANGE

Médico Cardiologista e Vereador de São Paulo

 

Valorizando a saúde da população negra

Desde 2017, está em vigor a política do SUS para a Saúde Integral da População Negra. Porém, a execução das atividades de saúde acontece nos municípios. Até agora, tudo ficou no papel. Em São Paulo, aprovei a LEI 17.406/2020 DO PROGRAMA MUNICIPAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA.

 

No Brasil, 54% da população se autodeclara da raça negra. É sabido que a população negra sofre com algumas doenças genéticas ou hereditárias, como a anemia falciforme com 6% a 10% entre os negros, chegando a 2% a 6% no Brasil. A diabete mellitus (tipo II) atinge cerca de 9% a mais que em homens brancos e 50% a mais em relação às mulheres brancas. O câncer de próstata é de 2 a 3 vezes mais frequente nessa população, com o dobro do risco de morte. O glaucoma é a principal causa de cegueira na população negra, principalmente entre os homens com mais de 50 anos. A hipertensão arterial é mais elevada nessa população, bem como é maior a sua gravidade, assim como o AVC e a insuficiência cardíaca.

 

“A Lei não é nenhum privilégio para os negros, mas só vamos conseguir reduzir a morbidade e a mortalidade entre eles, com uma política de atenção integral e protocolos eficientes.”

Nosso futuro depende do sucesso da vacinação maciça contra a covid-19

Por Paulo Frange

A vacinação contra a COVID-19 é hoje a maior esperança da população mundial contra os desafios da pandemia. Mesmo com a desconfiança por parte da população com as vacinas, a humanidade tem mais de 100 anos de experiências contra outras doenças. Não há o que escolher entre as vacinas que existem e as que ainda virão, que passarem pela fase 3 da pesquisa clínica e, aprovadas pela ANVISA no Brasil. Todas são boas e confiáveis.

Nosso país é reconhecido no mundo todo pelo Programa Nacional de Imunização, o PNI. Temos instituições centenárias como é o caso do BUTANTAN e a FIOCRUZ, também com reconhecimento internacional pela qualidade da produção de pesquisas e das vacinas que produz para o Brasil e até exportam.

Agora, é o momento dos veículos de imprensa ajudar a ciência a conscientizar a população sobre “vacinação”. Eles já se uniram em uma campanha “VACINA, SIM!”, lançada no dia 29/01/2021, simultaneamente nos sites e redes sociais. É importante reforçar que essa é uma decisão que protege a todos e lembrar que já perdemos mais de 220 mil vidas.

Estamos engatinhando com apenas 0,6% da população vacinada, mas em muito breve haverá vacina para todos. Nenhum país tem a capilaridade do sistema de saúde que temos com o nosso SUS. Vamos valorizar essa conquista, encher o peito de esperança e acreditar na ciência. Eles sabem o fazem!

 

Paulo Frange, médico cardiologista e vereador de São Paulo

Idosos e super idosos

No Brasil assim como em outros países, a Terceira Idade começa aos 60 anos. A expectativa de vida vem aumentando a cada dia e, nos deparamos cada vez mais com idosos acima de 80 anos. Esses são os idosos da “Quarta Idade”. Não é raro encontrar familiares e amigos com pessoas de 100 anos entre eles.

A evolução da medicina tem permitido alongar a vida e melhorar a qualidade de vida a qualquer idade. Porém, há um grupo crescente de idosos acima de 80 anos com avaliação de memória e raciocínio lógico igual ou até melhor que das pessoas com 50 a 60 anos. São considerados saudáveis e já representam 10% dessa população acima de 80 anos. Esses são os super idosos!

O que eles têm em comum? Dietas equilibradas, grande consumo de vegetais, ingestão de pouco sódio, e baixo consumo de gordura animal, bem como baixo consumo de açúcar. O estilo de vida, esse é realmente invejável.

O professor Daniel Magnoni, meu colega cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração e do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia vem estudando com profundidade este assunto. A dieta vegetariana vem se apresentando como uma opção saudável e uma solução para crise ambiental que se aproxima. Para 2050, seremos 9,8 bilhões de pessoas e a produção de alimentos terá que crescer por volta de 70%.

A grande preocupação é com o aporte de proteínas, ferro e vitaminas. Com o alto preço da proteína vermelha que vamos ter que enfrentar, teremos que buscar todas as outras fontes proteicas que são ricamente produzidas em nosso país: ovos, soja, feijão, lentilha, peixes, entre outros. Uma dieta equilibrada, a atividade física, a prevenção das doenças, ainda é o melhor conselho para ser mais um centenário no Brasil.

 

PAULO FRANGE

Médico Cardiologista e Vereador de São Paulo

 

 

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