A arrecadação da Prefeitura com o leilão de títulos imobiliários, os chamados Cepacs, despencou durante a gestão Fernando Haddad (PT), conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. De 2013 para cá, o cofre municipal foi abastecido com um total de R$ 210,6 milhões. Entre 2009 e 2012, na segunda gestão de Gilberto Kassab (PSD), esse valor foi de R$ 3,2 bilhões.

A queda significa menos investimentos na cidade – como a Ponte de Pirituba, que aguarda recursos da Operação Urbana Água Branca para continuar, já que houve uma preparação para ser iniciada, mas pouco foi feito.

Segundo o Estadão, uma das prioridades da futura secretária de Desenvolvimento Urbano da gestão do prefeito eleito João Doria (PSDB), Heloísa Proença, será voltar a incrementar o caixa com a negociação de títulos. Doria já declarou que esta é uma das metas de seu governo para ampliar investimentos em áreas prioritárias.

Todas as Operações Urbanas serão revistas, assim como a forma de cobrança da outorga onerosa, outro mecanismo que, assim como os Cepacs, libera construções acima do limite permitido, pontua o Estadão.

A crise econômica explica parte da redução registrada por Haddad, mas não pode ser usada como justificativa única, afirma o ex-presidente do sindicato da habitação (Secovi-SP) e futuro presidente do conselho gestor de Urbanismo, que será criado por Doria, Claudio Bernardes:

- “O preço dos Cepacs ofertados na Operação Urbana Agua Branca, por exemplo, dobrou de valor no processo de revisão da lei na Câmara Municipal. Isso afastou o mercado” – disse.

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