Dr. Paulo Frange foi o relator da Lei de Zoneamento, que efetivamente moderniza a Cidade em termos de urbanismo para os próximos 20 anos, buscando dar à São Paulo uma face mais voltada às pessoas, com calçadas mais largas, edifícios mistos, com mais áreas verdes, moradia popular no Centro; assim como definiu limites para o adensamento etc. Antes disso prevalecia a ferocidade do mercado.
“O protagonismo da organização do solo da cidade foi da Cia City, precursora do urbanismo prático em São Paulo, com os loteamentos da City Lapa, Jardim, Pacaembu... O resto era tratado pela Lei de mercado, pelo bom gosto e voracidade do empreendedor”, disse Dr. Paulo.
O novo zoneamento tem paralelo com ideias do urbanista dinamarquês Jan Gehl, de 80 anos, que esteve em São Paulo recentemente e ficou consternado coma arquitetura da Cidade. Ele esteve na Av. Faria Lima e criticou a arquitetura local, de prédios envidraçados e exclusivamente comerciais.
A Lei de Zoneamento projetou outra realidade, com incentivo à construção de prédios residenciais nos locais centrais, prédios mistos, com calçadas mais largas e fachadas ativas (com lojas no térreo) e fruição pública (galerias no térreo, com lojas), numa sintonia com as ideias mais modernas do urbanismo.
Jan Gehl disse: "Uma cidade se faz na altura da calçada, onde as pessoas estão. Cadê um café, mesinhas na calçada, bancos para se sentar, para namorar? Cadê as lojas, as vitrines? Não há um único estímulo visual", prosseguiu, inconformado com a arquitetura fria da Av. Faria Lima.
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